Em entrevista concedida em 13 de abril de 2014 para o jornal “O Globo”, Gilberto Braga observou que nem todos os autores recorrem a colaboradores, prática comum no texto de suas novelas:
“Para certos autores é fácil. Por exemplo, a Glória Perez escreve com a maior facilidade, sozinha. Ela é bem minha amiga, e uma vez me deu esporro porque eu disse que escrever novela é cansativo. Ela disse: ‘Ora, Gilberto, eu escrevo um capítulo em cinco, seis horas. Às vezes nem releio e mando. No dia seguinte eu olho como terminei e continuo. Uma cena atrás da outra’. Enfim, me deu uma bronca. Quando ela acabou, falei: ‘Mas, Glória, tem um problema: na hora que passa, a gente nota’ (risos).”.
Gloria Perez respondeu ao colega pelo Twitter:
“Problema maior é quando passa por três autores, dez colaboradores e a gente nota, né? =)))”.
Gloria previu o fracasso que seria “Babilônia”? Pelo visto sim. A trama repleta de problemas patina no Ibope e vai ao ar com cenas constrangedoras e momentos dispensáveis.
“Babilônia” foi ao ar com três autores: Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga. Além deles a trama começou com sete co-autores colaborando na elaboração do texto: Ângela Carneiro, Chico Soares, Fernando Rebello, João Brandão, Luciana Pessanha, Maria Camargo e Sérgio Marques.
É Gloria… O feitiço virou contra o feiticeiro, percebemos os problemas de “Babilônia” e sentimos falta de “Salve Jorge”.
Direto do Túnel do Tempo: texto original de 28 de abril de 2015;