Quem esteve na última “Parada Gay” de São Paulo, em 2018, deve ter reparado na utilização da sigla LGBTI. Pois hoje, dia 26 de outubro, é dia do I, que vem da palavra intersexo.
O dia 26 de outubro foi escolhido devido a um fato ocorrido foi nesta data, em 1996, quando aconteceu uma manifestação pública de pessoas intersexo em frente à Academia Americana de Psiquiatria, em Boston, Estados Unidos, que realizada uma conferência.
Muitas pessoas intersexuais, no entanto, não gostam do termino intersexo e preferem a utilização de “intergênero”.
Mas, afinal, qual a definição de intersexo? O texto abaixo é um recorte do que foi traduzido e adaptado da Sociedade Intersexo da América do Norte pelo site Orientando:
Intersexo é um termo utilizado para um grupo de variações congenitais de anatomia sexual ou reprodutiva que não se encaixam perfeitamente nas definições tradicionais de “sexo masculino” ou “sexo feminino”. Por exemplo, uma pessoa pode nascer com uma genitália que aparenta estar entre o que é usualmente considerado um pênis e uma vagina. Ou a pessoa pode ter nascido com um mosaico genético, onde parte das células possui cromossomo XX e outra parte possui cromossomo XY.
Uma personagem da nossa teledramaturgia que pode ser incluída em intergênero pode ser a Buba (Maria Luísa Mendonça), da telenovela “Renascer”, da Rede Globo, em 1993. Classificada como hermafrodita pelo autor Benedito Ruy Barbosa, a trama da personagem foi desenvolvida três anos antes da manifestação e dos estudos de Boston.
Hoje em dia, a abordagem poderia ser mais ampla e tocar em detalhes científicos da vida de Buba e definições mais claras e especificas de seu gênero. Seria interessante um autor(a) que goste de se aventurar em temas desconhecidos abordar este tipo de história hoje em dia. Quem sabe Gloria Perez em sua próxima novela…