A fama do diretor Woody Allen está em baixa depois que a filha adotiva de Allen, Dylan Farrow, alegou ter sofrido abusos sexuais na infância por parte do diretor. “Um Dia de Chuva em Nova York” (2019), filme anterior de Allen, teve sua estreia cancelada nos EUA pela Amazon. Chegou apenas em outubro de 2020 direto para home video.
Sua nova produção “O Festival do Amor” (Rifkin’s Festival) está tendo um destino similar. Já estreou em países como Espanha, Itália e Rússia entre 2020 e 2021. O longa chega agora ao Brasil, local em que o diretor ainda possui muitos fãs. Ele ainda tem a seu favor uma marca expressiva: é o 50º filme de Woody Allen, que também foi seu roteirista.
“O Festival do Amor” será lançado pela Imagem Filmes e estreia em todo o Brasil neste dia 6 de janeiro. A comédia gira em torno de Mort Rifkin (Wallace Shawn) e sua esposa, Sue (Gina Gershon), que trabalha como assessora de diretores de cinema. Eles viajam para a Espanha para acompanhar o Festival de San Sebastián e, após deixarem-se envolver pelo charme e magia da cidade, Mort passa a desconfiar que Sue pode estar tendo um caso com um atraente diretor francês (Louis Garrel).
No release de divulgação, Woody Allen comenta a respeito da escolha da locação para o filme, “Eu já estive no Festival de San Sebastián e me lembrei de como a cidade é linda, então decidi escrever uma história que se passasse lá”. Quando questionada a respeito de seu trabalho no filme, a atriz Gina Gerson definiu o projeto como “uma verdadeira carta de amor ao cinema”.
Durante a coletiva de imprensa, no evento Festival de San Sebastián, Allen confessou que cresceu assistindo a filmes europeus, e por isso serviram de inspiração aqui. Uma das referências mais explícitas é ao clássico ‘Um Homem e Uma Mulher’, de Claude Lelouch. “É um desses filmes europeus que teve um impacto enorme numa geração de cineastas jovens nos Estados Unidos”