A colunista Mônica Bergamo, da Folha, revelou que uma pessoa “negacionista” tentou prender o jornalista William Bonner por incentivar a vacinação. Palavras da guiza do caso Gláucia Falsarella Pereira Foley: “O poder Judiciário não pode afagar delírios negacionistas, reproduzidos pela conivência ativa —quando não incendiados— por parte das instituições, sejam elas públicas ou não”. Segundo a Folha a ação foi classificada pela magistrada “como descabida, afirmando que a iniciativa se assemelha a panfletagem política ao reproduzir teorias conspiratórias sem qualquer lastro científico e jurídico”.

O advogado signatário da ação acusa Bonner de participar de uma suposta organização criminosa para falar sobre os impactos positivos da vacina no combate à pandemia. Segundo o proponente do pedido de prisão o apresentador do Jornal Nacional comete os crimes de indução de pessoas ao suicídio, de causar epidemia e de “envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo”. E pediu que Bonner fosse proibido de “incentivar a vacinação obrigatória de crianças e adolescentes e a exigência de passaporte sanitário”.

Por fim a juíza destaca que o autor não tem legitimidade de pleitear a prisão preventiva, uma vez que os crimes citados são de ação penal pública, e diz que a representação é incompatível com a vara criminal à qual foi submetida.

O advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho comentou no Twitter: “Até parece que o Ministério Público pediu a prisão dele por alguma razão e a justiça negou. Não, gente, foi um lunático qualquer que entrou com uma ação! Papel aceita tudo, sabem?”.