Foi um ano complicado para a TV. Programas ruins, péssimos e Quicos… A Televisão brasileira viveu um momento com mais baixas do que altas e os números do Ibope provaram isso. Um ranking do que tivemos de pior!

Fofocalizando (SBT)
Um programa perdido, com muitos apresentadores com pouco a dizer. Ficou popular com brigas, o que na prática serve para afastar anunciantes. E ainda exibiu momentos constrangedores, como a entrevista com Silvana Taques, a mãe da atriz Larissa Manoela. E o quadro da harmonização facial dos famosos? Prefiro não comentar. Tivemos outros que pioraram muito no último ano, como “Caldeirão do Mion” (Globo) e “Hora do Faro” (Record).

The Idol (HBO Max)
De longe uma das piores séries de todos os tempos, com um final constrangedor. Virou dica do que NÃO assistir no streaming. No Brasil ainda conseguiu algum destaque graças a uma polêmica adicional nas redes sociais: um dublador homem cis dublando uma atriz trans. Para a grande população não fez muita diferença, mas no Twitter rendeu muita briga. Não foi a única produção estrangeira ruim exibida no Brasil, vale lembrar ainda “Velma” (HBO Max) e “Queen Cleopatra” (Netflix).

Elas por Elas (Globo)
Tudo estava errado nesta novela. Lázaro Ramos totalmente fora do tom, a direção não entendendo o ritmo da novela, o texto tentando não ser datado, protagonistas de mais, um casal novinho tentando (e não conseguindo) roubar a cena das protagonistas, um estilo de novela das sete no horário das seis, um filtro errado deixando as cenas muito escuras e moderna demais para o horário das seis: a dona de casa se sentiu representada com a mocinha trans enquanto faz o jantar? Talvez funcionasse bem como novela das onze. Outras novelas que fracassaram em 2023 foram “A Infância de Romeu e Julieta” (SBT) e “Reis” (Record).

A Fazenda (Record)
A expulsão de Rachel Sheherazade do programa deixou tudo muito estranho. As desconfianças do público foram altas, afinal outros contatos físicos intensos foram perdoados. Além disso muita polêmica com ofensas homofóbicas e xenofóbicas. Além disso, as regras davam a impressão de serem manipuladas de acordo com as conveniências da direção. Por fim, a edição parecia sempre atrasada, todo o tempo parecia que estávamos vendo flashbacks de fatos passados. Encerrou com chave de ouro um ano de realitys ruins, que incluí o “BBB” (Globo) e “A Grande Conquista” (Record).

Malhação 98 (Viva)
Em maio o Canal Viva reeditou dois capítulos e cortou outros três. O motivo da censura seriam cenas de blackface dos atores que imitavam uma banda de reggae. Gerou uma enorme polêmica no Twitter, pois o canal foi criado prometendo a integralidade da obra original. Em dezembro a novela apareceu completa na Globoplay, ou seja, muita confusão pra nada. Aliás, por reclamar desta censura o perfil deste site foi bloqueado no Twitter por Erick Bretas, diretor da emissora. Para piorar tudo o Canal Viva cancelou a reprise da temporada seguinte, “Malhação.com”, alegando que perderam capítulos da “Malhação Ao Vivo”.