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Nos últimos anos os personagens LGBT sumiram das novelas da RecordTV. Cada vez mais focadas na religiosidade as novelas esqueceram temas mais polêmicos para os ensinamentos propostos pela Igreja Universal do Reino de Deus. Mas nem sempre foi assim, a seguir listo algumas produções após o Bispo Edir Macedo comprar a Rede Record que abordaram a homossexualidade ou a transexualidade.

Direito de Vencer – Mini-novela de 49 capítulos escrita por Ronaldo Ciambroni com direção de Atílio Riccó, foi exibida entre abril e junho de 1997 como parte de uma leva de produções de cunho religioso, com personagens frequentando a igreja Universal.

Na década de 70, os irmãos Carlo Lucilli (Edwin Luisi) e Luigi Lucilli (Luiz Carlos de Moraes), herdeiros de um grande industrial, possuem uma relação complicada, ocorre o preconceito com Carlo por ser gay e Luigi sofre não consegue engravidar sua esposa.

Luigi então pede ao irmão gay a doação de sêmen. A criança, Cesco (João Vitti), chega ao mundo excepcional e é trocado por outro bebê, Paolo (Nico Puig), na maternidade pelo avô. Em 1997 Cesco descobre tudo e lutará pelo “direito de vencer”.

Típica trama com um gay assexuado, sofrendo por ser gay, solitário e dúbio. O maior destaque da trama era o irmão homofóbico, grande vilão da história, vivido por Luiz Carlos.

Roda da Vida – Novela de 118 capítulos nunca reprisada pela RecordTV, mas que deve aparecer em breve na PlutoTV. Escrita por Solange Castro Neves e dirigida por Del Rangel entre abril e agosto de 2001.

Na novela temos um personagem homossexual em uma trama paralela. Ronaldo (Ernando Tiago) esconde de todos que é gay e sofre as humilhações do pai, Geraldo (Clemente Viscaíno), um homem machista e agressivo que bate nele e na mãe, Elza (Selma Egrei), a única a apoiar o filho.

Cidadão Brasileiro – Na primeira trama de Lauro César Muniz na Record conhecemos o homossexual Nilo Ramos (Thiago Chagas). Em entrevista, para o jornal Estadão, o autor declarou: “Não recebi nenhuma recomendação da Record com relação ao tema homossexualismo, nem com relação a qualquer tipo de abordagem”, garante. Segundo o autor, curiosamente esse personagem não estava previsto na sinopse original da novela e surgiu de uma dificuldade do ator Thiago Chagas “em fazer o personagem de forma mais viril”.

No decorrer da trama Nilo (Tiago Chagas) é um médico de uma cidade pequena nos anos 1950. Para esconder sua homossexualidade aceita um casamento de aparências com Julieta (Vanessa Goulart). Com o tempo ele se apaixona pelo rude Aguinaldo (Gustavo Haddad) e a imprensa da época destacou que eles viviam um romance com jeitão de Brokeback Mountain (filme de Ang Lee que concorreu ao Oscar 2006).

A novela teve 213 capítulos, direção de Flávio Colatrello Jr., exibida entre março e novembro de 2006 e reprisada 3 vezes na Rede Família outra emissora.

Chamas da Vida – Novela de Cristianne Fridman com direção de Edgard Miranda, exibida em 253 capítulos, entre julho de 2008 e abril de 2009.

A personagem Docinho foi vivida por Roberto Bomtempo. Na novela, Docinho é um travesti que divide apartamento com a garota de programa Andressa (Mariana Hein). Docinho é uma assistente social e ajuda Andressa quando necessário.

Docinho, no entanto, foi tirada da trama antes do final. Ela se casa com um principe Italiano e vai morar na Europa. Na época uma coluna do jornal Folha de São Paulo disse que ocorreu rejeição do público à personagem por ser LGBT.

Vilma (Lucinha Lins), a vilã da trama, chegou humilhar Docinho a chamando de “Aberração”.

Trilogia Os Mutantes – Nas três novelas de Tiago Santiago estiveram presentes os personagens gays Danilo Mayer (Cláudio Heinrich) e Benedito Gama (Déo Garcez).

Na primeira novela “Caminhos do Coração” Danilo tem um papel de destaque e até uma música tema “Robocop Gay”, dos Mamonas Assassinas. Muito afeminado ele soltava bordões como “ferver horrores” e “bofe escândalo”. O rapaz tentava esconder do pai, Aristóteles (André de Biase), sua homossexualidade, mas posteriormente ele se revelou bissexual, tendo uma relação com Lúcia (Fernanda Nobre).

A novela insinuou um flerte de Fernandão (interpretado por Theo Becker), o Homem-Cobra com Danilinho (Cláudio Heinrich). Mas o final feliz dele foi mesmo com Bene, um gay mais “discreto e fora do meio”, que tinha o apoio da mãe, Marisa (Marina Miranda).

Os dois terminaram juntos e felizes, indo para o exterior, no primeiro capítulo de “Mutantes: Promessas de Amor”, última novela da trilogia.

Tiago Santiago fez uma denúncia dizendo que a Igreja Universal censurou a história de “Os Mutantes”, impedindo um beijo gay entre os personagens na segunda temporada “Os Mutantes”: “Em Os Mutantes, a maior interferência foi não deixarem fazer o beijo gay, uma bobagem, porque tem gente que até hoje não vê a homossexualidade como algo absolutamente natural”, criticou em entrevista ao portal Notícias da TV.

Ainda na trilogia dos Mutantes, dirigida por Alexandre Avancini, existia uma personagem lésbica, a Juíza Helena (Françoise Forton), presente nas duas primeiras temporadas em participações especiais, foi revelada como homossexual na terceira fase, em que teve uma breve participação e foi assassinada. O destaque era a irmã gêmea dela, heterossexual, também vivida por Françoise Forton, a professora Cristina Dorange.

Sobre a personagem lésbica, a atriz falou: “O fato de ela ser gay é apenas um detalhe para mim. Sinto que o Tiago (Santiago, autor) está sendo bastante cuidadoso com esse tema, até pelo horário em que a novela é exibida”, explicou Françoise para a Revista da TV, de O Globo.